Analfabetismo

 
    A taxa de analfabetismo é medida pela percentagem das pessoas analfabetas(*) de um grupo etário, em relação ao total de pessoas do mesmo grupo etário.
    (*) Analfabeta - pessoa que não sabe ler e escrever um bilhete simples no idioma que conhece.
 
    No que se refere à alfabetização da população, nos últimos anos, houve uma diminuição das taxas de analfabetismo no País para todas as categorias de cor ou raça. Subsistem, no entanto, grandes diferenças entre as regiões e por porte populacional de municípios. 
    No Gráfico 24, pode-se observar as taxas de analfabetismo para as pessoas de 15 anos ou mais de idade por classes de tamanho de municípios. A taxa nacional é de 9,6%, enquanto os municípios com porte populacional abaixo de 100 000 habitantes apresentaram valores acima da média brasileira. Ao se analisarem as diferenças entre os grupos de cor ou raça com destaque para a diferença entre brancos e pretos e brancos e pardos (Gráfico 25) tanto pretos (14,4%) quanto pardos (13,0%) mostram um percentual de analfabetos quase três vezes maior do que o dos brancos (5,9%). Pretos estão mais longe do patamar de brancos nos municípios menores, enquanto pardos apresentam uma distância que se distribui de forma monótona, quando se observam as classes de tamanho de município.
 
 
 
 

Disponível em: IBGE

 

IBGE: analfabetismo cresce pela primeira vez desde 1998

    Foram identificadas 13,2 milhões de pessoas que não sabiam ler nem escrever, o equivalente a 8,7% da população total com 15 anos ou mais

    O analfabetismo no País, que vinha em queda constante desde 1998, voltou a crescer no ano passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram identificadas 13,2 milhões de pessoas que não sabiam ler nem escrever, o equivalente a 8,7% da população total com 15 anos ou mais de idade. Em 2011, eram 12,9 milhões de analfabetos, o equivalente a 8,6% do total. Em 2004, a taxa de analfabetismo brasileira chegava a 11,5%. Os dados estão na Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad 2012), divulgada nesta sexta-feira. O levantamento consultou 147 mil domicílios em todo o Brasil.

    “Ainda não dá para considerar essa variação como definitiva. É algo que precisa ser avaliado num maior espaço de tempo, pode ser uma mudança pontual, e não uma reversão de tendência”, afirmou a gerente de pesquisas do IBGE, Maria Lucia França Pontes Vieira.

    Esse crescimento foi puxado pelos números observados nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. Na região que abriga Estados como a Bahia e Pernambuco, a taxa de analfabetismo passou de 16,9% em 2011, para 17,4% no ano passado. O Nordeste concentra 54% do total de analfabetos do país. Antes, em 2004, 22,5% da população com 15 anos ou mais de idade não sabia ler e nem escrever.

    No Centro-Oeste, a taxa de analfabetismo alcançou 6,7% em 2012, acima dos 6,3% observados no ano anterior. Em 2004, a mesma taxa chegava a 9,2%.

    A menor taxa de analfabetismo foi constatada na região Sul, na qual 4,4% da população com 15 anos ou mais de idade não sabe ler e escrever. No Sudeste, a taxa de analfabetismo chega a 4,8%, e no Norte, é de 10%.

    O analfabetismo é notado especialmente entre a população mais velha. Entre os que têm 60 anos ou mais, 24,4% não sabem ler ou escrever. Já na faixa etária dos 40 aos 59 anos, essa proporção é de 9,8% do total; dos 30 aos 39 anos, 5,1% são analfabetos; e entre as pessoas de 25 a 29 anos, 2,8% são analfabetas.

O IBGE verificou também a taxa de analfabetismo funcional, que representa a proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade com menos de 4 anos de estudo completo sobre o total da população da mesma faixa etária. Ela foi estimada em 18,3%, o que significa retração frente aos 20,4% constatados em 2011. O total de analfabetos funcionais observados em 2012 totalizou 27,8 milhões de pessoas.

Disponível em: TERRA